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15 - Edmundo Xavier de Barros e Emílio de Menezes - Chico Xavier - Parna...


28. Edmundo Xavier de Barros. EDMUNDO Xavier de Barros, filho de Pacífico Antônio Xavier de Barros, nascido em 1861, no Estado de Goiás. Desencarnou no Distrito Federal, como capitão da arma de Cavalaria, em 17 de janeiro de 1905. Foi poeta e desenhista notável. Vida. Nem a paz, nem o fim! A vida, a vida apenas É tudo que encontrei e é tudo que me espera! O ouro, a fama, o prazer e as ilusões terrenas São lodo, fumo e cinza ao fundo da cratera. Esvaiu-se a vaidade!... Os júbilos e as penas, A alegria que exalta e a dor que regenera, Em cenário diverso aprimorando as cenas, Continuam, porém, vibrando noutra esfera. Morte, desvenda à Terra os planos que descobres, Fala de tua luz aos mais vis e aos mais nobres, Renova o coração do mundo impenitente! Dize aos homens sem Deus, nos círculos escuros, Que além do gelo atroz que te reveste os muros, Há vida... sempre a vida.. a vida eternamente... Diante da Terra. Fugindo embora à paz de eternos dons divinos, Sem furtar-se, porém, à luta que aprimora, O homem é o semeador dos seus próprios destinos, Ave triste da noite, esquivando-se à aurora... Em derredor da Terra, estrelas cantam hinos, Glorificando a luz onde a Verdade mora, Mas no plano da carne os impulsos tigrinos Fazem a ostentação da miséria que chora! Necessário vencer nos vórtices medonhos, Santificar a dor, as lágrimas e os sonhos, Do inferno atravessar o abismo ígneo e fundo, Para ver a extensão da noite estranha e densa, Que os servos da maldade e os filhos da descrença Estenderam, sem Deus, sobre a fronte do mundo!... 29. Emílio de Menezes. POETA brasileiro, nascido em Curitiba, em 1866, e desencarnado no Rio de Janeiro em 1918. Musa vivacíssima e fulgurante, sem deixar de ser profunda, era sobretudo ativamente humorística. Legou-nos Poemas da Morte, 1901, e Poesias, 1909, além de Mortalhas, versos satíricos postumamente colecionados. Distinguiu-se pela altaneza dos temas, quanto pela opulência das rimas. Eu mesmo. Eu mesmo estou a ignorar se posso Chamar-me ainda o Emilio de Menezes, Procurando tomar o tempo vosso, Recitando epigramas descorteses. Como hei de versejar? Rimas em osso São difíceis... contudo, de outras vezes, Eu sabia rezar o Padre-Nosso E unir meus versos como irmãos siameses. Como hei de aparecer? O que é impossível É ser um santarrão inconcebível, Trazendo as luzes do Evangelho às gentes... Sou o Emilio, distante da garrafa, Mas que não se entristece e nem se abafa, Longe das anedotas indecentes. Aos meus amigos da Terra. Amigos, tolerai o meu assunto, (Sempre vivi do sofrimento alheio) Relevai, que as promessas de um defunto São coisa inda invulgar no vosso meio. Apesar do meu cérebro bestunto, O elo que nos unia, conservei-o, Como a quase saudade do presunto, Que nutre um corpo empanturrado e feio. Espero-vos aqui com as minhas festas, Nas quais, porém, o vinho não explode, Nem há cheiro de carnes ou cebolas. Evitai as comidas indigestas, Pois na hora do “salva-se quem pode”, Muita gente nem fica de ceroulas... 30. Fagundes Varela. ESTE é o sempre laureado cantor do Evangelho nas Selvas, a voz sonora e doce do Cântico do Calvário. Fluminense, desencarnou com 34 anos, em 1875 – depois de uma existência tormentosa. Imortalidade. Senhor! Senhor! que os verbos luminosos Do amor, da perfeição, da liberdade, Inflamem minhas vozes neste instante! Que o meu grito bem alto se levante, Conduzindo a mensagem benfazeja Das esperanças para a Humanidade! Senhor! Senhor! que paire sobre o mundo A luz do teu poder inigualável, Que os lírios te saúdem perfumando Os arrebóis, as noites, as auroras; Hinos de amor, que os pássaros te elevem Dos seus ninhos de plácida harmonia; Que as fontes no seu doce murmúrio Te bendigam com terna suavidade; Que todo o ser no mundo se descubra Perante a tua excelsa majestade, Saturado do amor onipotente Que promana abundante do teu seio!... Senhor! que a minha voz altissonante Se propague entre os homens; que a verdade Resplandeça na terra da amargura! Ó Pai! tu que removes o impossível, Que transmudas em rosas os espinhos, E que espancas a treva dos caminhos Com a luz que afirma a tua onipotência, Permite que minhalma seja ouvida Na vastidão do mundo do desterro; Que os meus irmãos da Terra me recebam Como o ausente invisível, redivivo!... Irmãos, eis-me de novo ao vosso lado! Venho de esferas lúcidas, radiosas, Atravessei estradas tenebrosas E sendas deslumbrantes e estelíferas, Empunhando o saltério da esperança. Pude transpor abismos de ouro e rosas, Sendas de sonho e báratros escuros, Planetas como naus sem palinuros Nos oceanos do éter Infinito! Contemplei... ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ INSCREVA-SE │ LIKE │ COMENTE │ COMPARTILHE ✅ INSCREVA-SE NO CANAL: https://bit.ly/3fpJ7uP ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ #DoutrinaEspirita #Espiritismo #Espirita

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